Friday 18 December 2009

La forêt d'Orsay

Pendant mes années à Paris, j'ai fait tous les jours le trajet avec le RER jusqu'à Orsay, pour aller travailler. Le campus est vraiment beau, et la neige de cet hiver m'a permis de prendre les belles photos, en comparaison avec celles prises en automne (toujours la plus belle des saisons). Mon but était de faire les 4 saisons, mais c'est bien trop tard pour ça! Voici donc une photo de l'entrée du campus, en hiver et en automne, et de même pour l'escalier qui mène au LRI.





Sunday 13 December 2009

Rollers & coquillages

No final de Agosto, depois da segunda operação à perna (para retirar a placa lá metida por causa do acidente na Córsega), decidi comprar um par de skates, para fortalecer as pernas. Além disso, era um sonho de miúdo, e com a minha sobrinha a aprender a patinar agora, quero ser capaz de lhe fazer companhia. (-:

Após 3 meses de treino em frente a casa e mais tarde em parques de estacionamento, senti-me pronto para fazer um dos famosos passeios semanais organizados em Paris. Os chamados "Rollers & coquillages" são dois passeios por semana, um aos Domingos para os iniciantes, e outro nas Sextas à noite para os "profissionais".

Claro que escolhi o passeio do Domingo. Lá me encontrei então com a minha amiga Anne, em frente à opera da Bastille, com uma temperatura exterior de 1 grau! Normalmente costuma haver muita gente a fazer estes passeios, especialmente durante o verão. O record é de 29000 pessoas! Mas com um frio destes, éramos muitos menos. Mesmo assim, pareceu-me bastante gente:


O passeio foi bem agradável. Não é todos os dias que se pode andar de patins pelas ruas de Paris! A circulação é parada para podermos passar, e temos escolta de polícias em patins, e de ambulâncias à retaguarda (nunca se sabe). Passámos pelo Quartier Latin, pela Ilha de St. Louis, pelo Marais (incluindo ruas em calçada que são MUITO difíceis de patins!), até chegarmos à place de l'Opéra, onde tivemos direito a uma pausa, com chocolate quente e um croissant gratuitos.


A segunda parte foi tão boa como a primeira, mas com um percurso de 22km, as pernas já começavam a queixar-se, especialmente depois da subida até ao cemitério do Père Lachaise. Normalmente costumam haver bastantes crianças também a fazer o percurso, pelo que o ritmo é lento. Mas com o frio, só lá estava gente que sabe andar bem de patins, pelo que não tive escolha, foi sempre à pressa! Mas uma coisa é certa, não tivemos frio nenhum.

Lá cheguei de volta à Bastille passadas 3 horas, bastante contente de ter feito mais uma das muitas coisas que quero fazer em Paris antes de voltar para a Irlanda.


Saturday 5 December 2009

The new Eiffel tower show

The Eiffel tower is 120 years old. To commemorate this fact, there's a new light show going on, at the usual hourly times (between 8pm and 11pm), until the end of December 2009.

It all starts rather familiarly, with the traditional golden light being sprinkled with scintillating white lights on the hour.


Soon the new show starts, however. First the golden light goes off, leaving the tower scintillating in the dark.


That is followed by a fantastic show of ever changing colours, gradients, strobing rainbows... The photos don't really do the show any justice, you have to see it while you still can.












Friday 30 October 2009

La Rose Rosalie

Trouvée sur un siège du RER B un soir, en rentrant du boulot. Je l'ai ramenée à la maison, où elle a eu droit à l'eau et au soleil, et m'a tenu compagnie pendant une semaine.

Tuesday 18 August 2009

As (verdadeiras) catacumbas de Paris


Após quase 3 anos de espera, e um ano depois de ter visitado as catacumbas para turistas, o meu amigo Nicolas levou-me a visitar as verdadeiras catacumbas de Paris. Com dezenas de kilómetros subterrâneos, não são de nada aconselháveis a pessoas claustrofóbicas, ou com medo do escuro!
Equipados com 3 lanternas cada (o seguro morreu de velho), e com roupa para sujar, saímos de casa à volta do meio-dia.

Visitar as catacumbas é, infelizmente, ilegal. Para se chegar a uma das poucas entradas, tem que se seguir as antigas linhas de comboio da petite ceinture de Paris, a antiga linha-de-ferro que dava a volta a Paris, antes de ter sido construido o périphérique e as linhas de metro que hoje cortam a cidade de alto a baixo e de lado a lado.

Escolhemos um dia de semana, ao meio-dia, exatamente para evitar contacto com outros cataphiles, o termo dado a exploradores ilegais das catas. Após uns bons 20 minutos a fazer de comboio, e atravessando alguns antigos túneis, chegámos finalmente à entrada. Entrada lhe chamaremos: um buraco na parede, junto ao chão, no meio de um túnel escuro; quem não saiba o que está a procurar, nunca poderia encontrar!:


Os primeiros túneis deixam logo antever o resto da visita: não existe luz nenhuma, é preciso andar curvado a maior parte do tempo, alguns túneis têm água até à cintura... (isto apesar de termos escolhido um dia de Agosto, depois de dias sem fim de sol - muitas vezes os túneis ficam demasiado inundados para se poderem atravessar).



Os corredores serviram vários fins ao longo dos séculos. Em algumas partes, por exemplo, ainda se podem ver os acumuladores antigos da EDF, quando a distribução de eletricidade se fazia através de grossos cabos em cobre (reza a lenda que, quando estes foram substituídos, máfias da Europa de Leste vieram roubar o cobre, até que a direção da IGC (Inspection Générale des Carrières) se decidiu a retirá-lo completamente).


Tendo muitos deste túneis vários séculos de existência, poder-se-ia pensar que a navigação com um mapa decente, apesar do escuro, seria relativamente fácil. Muito pelo contrário - a IGC corta frequentemente acesso a várias zonas (por diversas razões - segurança, vandalismo, obras), e os cataphiles em resposta abrem as chamadas chatières (portas de gato) para passar de um túnel a outro. Resultado, várias vezes por ano novas versões dos mapas dos cataphiles aparecem pela internet (nós estávamos equipados com uma versão com 12 meses, e apanhámos algumas surpresas).


De vez em quando, alguns dos túneis dão acesso a salas (grandes ou pequenas), que os cataphiles aproveitaram para decorar. Por exemplo, Le Chateau:


La plage, uma enorme sala (aliás, várias salas ligadas entre si), onde são feitas muitas das festas noturnas:






Alguns dos graffitis são espantosos, verdadeiras obras de arte:




Algumas históricas Haute Écoles de Paris têm uma relação priveligiada com as catacumbas. Por exemplo, existem entradas diretas dessas escolas! Todos os anos, os alunos do primeiro ano de uma delas fazem uma excursão, para virem pintar um mural. Existem dezenas de murais, um por ano; gostei muito do de 1995:


A sala Zlard tem uma pintura espantosa, uma das minhas favoritas!:




Tudo isto 20m por baixo de Paris. Aliás, muitas das passagens eram autênticamente claustrofóbicas - muitas delas só davam para passar com a cabeça e os pés de lado, a arrastar, empurrando a (pequena!) mochila - principalmente para atravessar as famosas chatières:







Mais ou menos a meio da nossa excursão, encontrámos um cataphile. Encontros na escuridão das catacumbas, sem rede telefónica, sem polícia para chamar... nunca se sabe. Mas este era muito porreiro, e como conhecia as catacumbas como a palma da mão, levou-nos a visitar alguns sítios que nem o meu amigo conhecia. A sala mais incrível que fomos ver está extremamente bem conservada, por uma boa razão: têm-se que atravessar 7 chatières enormes, com Paris literalmente às costas, com bifurcações onde se pode muito facilmente perder... Mas valeu a pena:





Mas o meu lugar preferido, de longe, foi o bunker Alemão - sim, durante a Segunda Guerra Mundial, as catacumbas foram usadas pelos Alemães, que lá construiram um bunker, pela resistência, que aproveitou partes dos túneis para se deslocar, e pela população, que usou algumas salas para refúgios contra ataques aéreos.
O bunker está muito mal conservado, mas ainda é possível observar alguns vestígios da passagem Alemã, como as portas blindadas, as setas de indicação das três saídas, a sanita metálica da casa-de-banho, ou mesmo alguns restos de instalações elétricas:






Tal como a entrada não é fácil, a saída também não. Como tinhamos avançado bastante, tentámos encontrar algumas bocas de esgoto que estivessem abertas, mas não encontrámos nenhuma (e tivémos que fazer o caminho todo de volta para a entrada inicial). Mas subir pelas bocas de esgoto acima e ver as pessoas a passear em Paris foi uma experiência bastante interessante!:



E pronto, conseguimos finalmente sair, completamente cobertos de sujidade, 9h30 depois de termos entrado! Uma experiência muito interessante, que adorei. Mais uma das (muitas) coisas que se podem fazer em Paris, e que tive o privilégio de poder experimentar. Muitas saudades vou ter desta cidade...